O cupim tem grande importância no equilíbrio biológico do ecossistema, pois sua ação se faz necessária para a manutenção da fertilidade do solo nas grandes florestas, na medida em que decompoem e transforma em material fertilizante os troncos envelhecidos, contribuindo para a perpetuação e conservação dos elementos da natureza. Mas quando ele se faz presente nas áreas habitada pelo homem, destruindo o seu patrimônio, faz-se necessário adotar medidas de controle e prevenção, para evitar ou amenizar os prejuízos quase sempre sérios que uma infestação de cupim causam.
Os cupins são insetos sociais. Vivem em colônias, semelhantes às formigas e abelhas. São insetos organizados e em cuja estrutura social cada um tem uma parcela de responsabilidade, sempre visando a perpetuação da espécie.
Possuem rainha e rei, cujas únicas funções são acasalar e por ovos. Há rainhas que chegam a botar 3 milhões de ovos por ano. A rainha vive de 25 a 50 anos. Os ovos têm 3 mm de comprimento e ficam incubados por 2 semanas sob os cuidados dos cupins-operários.
Após o nascimento, as ninfas se alimentam de resíduos regurgitados pelos operários, por aproximadamente 2 semanas; depois de uma série de estágios de crescimento, assumem uma determinada posição nas castas como operários e soldados.
Estéreis e cegos, os cupins-operários são ávidos por celulose, o alimento básico para toda a colônia. No aparelho digestivo do cupim existe um protozoário (Trichonimpha) que digere a celulose transformando-a em alimento e energia que mantêm os cupins. Alguns operários também atuam na segurança da rainha, seus ovos e ninfas. Trabalham 24 horas por dia, perfurando o interior das madeiras.
No seu estágio de crescimento, o cupim-soldado adquire uma blindagem na cabeça, bem como grandes e fortes mandíbulas. Ele está geneticamente preparado para defender a colônia dos inimigos, especialmente formigas.
Para a perpetuação da espécie, milhares de cupins são "eleitos", por meio de um processo hormonal, os machos e fêmeas alados. Além das asas, o corpo dos "eleitos" passa por uma transformação, com o tegumento (revestimento interno) ficando escurecido. Eles ficam "guardados" nos ninhos por períodos variáveis, que podem durar meses.
Quando ocorre uma situação climática favorável (no Brasil, entre setembro e dezembro), eles são liberados. Todos os reprodutores e as reprodutoras adultos deixam a colônia simultaneamente. Após um período de revoada, onde são conhecidos como "aleluias" ou "siriris", perdem as asas e, junto com seus parceiros, penetram em frestas ou furos de madeiras e iniciam o processo de acasalamento, fundando novas colônias, onde serão rei e rainha.
Existe uma infinidade de espécies de cupins na cidade, mas apenas duas têm grande importância na área urbana de São Paulo; o Coptotermes haviland (cupim de solo ou subterrâneo) e o Cryptotermes brevis (cupim de madeira seca).
Os cupins de solo invadem casas e edifícios, através de rachaduras, redes hidráulica e elétrica, devorando moveis, assoalhos, livros, capas de cabos elétricos etc. Quando os moradores detectam o problema, significa que a infestação já atingiu graus alarmantes, não adiantando uma aplicação superficial, pois não iria eliminar o restante da colônia, apenas alguns operários.
A sua alimentação básica é a celulose encontrada nas plantas e de forma abundante na madeira, papel etc.
Outros materiais também podem ser destruídos, tais como plástico, gesso, alvenaria, mas a destruição existe porque a colônia sai à procura de celulose encontrada em fibras vegetais e por conseqüência destrói tudo o que obstrui o seu caminho. Além disto, os operários, enquanto digerem a celulose, vão construindo verdadeiras florestas de saliva e madeira decomposta, conhecida tecnicamente como floresta de fungos. Com a existência dessas florestas, os cupins podem também controlar a umidade e a temperatura do micro-clima da colônia. A conseqüência é o apodrecimento da madeira provocado pelos fungos.
São vários os sistemas de combate ao cupim, onde o objetivo é chegar-se até onde ele se encontra. O principal método é o da infiltração do cupinicida no interior da madeira, através de injeções do produto nos furos feitos pelos cupins até a completa saturação dos canais. Pulverização das superfícies para absorção dos produtos também é utilizada. Nos dutos elétricos, por onde os cupins se deslocam, é utilizado sistema em pó, que não interfere no sistema elétrico, com saturação dos conduites e caixas de passagem. Há casos ainda, onde é necessária a formação de barreira química no subsolo da edificação, de modo a atingir-se os canais subterrâneos e proteger o imóvel de novas infestações. Esta barreira é formada com aplicação do cupinicida em pontos estratégicos do solo, dentro e fora da edificação.
Este tratamento consiste na abertura de valeta com 10 à 15cm de largura e 30 à 50cm de profundidade ao redor da edificação a ser tratada com aplicação de agente cupinicida de efeito residual prolongado em toda sua extensão, formando assim, uma barreira protetora horizontal impedindo o trânsito dos operários em busca de suas fontes de alimentação.
Este tratamento consiste na perfuração do solo ao redor da edificação, com brocas especiais de 13mm de diâmetro e profundidade de 30cm e com espaçamento entre um furo e outro de 30cm, injetando nos furos agente cupinicida de efeito residual prolongado em toda sua extensão.
Em paredes de blocos ou tijolos ocados, devem ser feitas perfurações com brocas especiais à cada 15cm, à uma altura de 10 à 20cm do piso ou do solo com aplicação de agente cupinicida de efeito residual prolongado no inferior de cada furo.
Todos os elementos de madeira mantidos em contato direto com o solo e alvenaria da edificação, devem ser tratados. Recomendamos o tratamento em todos os locais independentes de apresentarem ou não indícios de ataque. Assim sendo, batentes, guarnições, rodapés, armários embutidos, prateleiras etc., serão tratados com perfuração de brocas de 3mm em locais não visíveis e nos orifícios abertos pelos insetos. Durante a aplicação, o estado de sanidade do forro será rigorosamente inspecionado e, se for necessário, este será tratado em toda sua extensão.
Esse tipo de cupim é o mais astuto, o seu combate requer muita técnica, habilidade e associação de prática, pois o mesmo adentra nas construções desde o solo até o pavimento mais alto, embreando-se pelas paredes (rebôco), seguindo pelas frestas existentes junto aos condutores de água, esgoto e eletrecidade, alojando-se nos mais diversos pontos, destruindo tudo a sua passagem, (conduítes, pontos de eletricidade, móveis, tacos, rodapés, assoalhos, portas, batentes, paredes, cobertura, forro, etc...).
Após vistoria altamente técnica em todo prédio, desde o solo até a cobertura, inclusive arredores, utiliza-se para o controle, processos de detectação, perfuração, sondagem, escavação de solo, barreira química, injeção, pulverização, etc...
A garantia do serviço varia conforme a possibilidade de extermínio do foco principal (ninho, rainha), que poderá estar fora dos limites da propriedade.
Todas as tomadas de força e telefonia do local, assim como: interruptores, quadro de força, caixas de telefonia e conduites de fiação em geral, devem ser tratados em toda sua extensão a fim de restringir a movimentação e eliminar focos já existentes.
Este tratamento é realizado através da aplicação de produtos na forma de pó químico, polvilhados com bombas de alta pressão nos elementos descritos.
Todas as tomadas de força e telefonia do local, assim como: interruptores, quadro de força, caixas de telefonia e conduites de fiação em geral, devem ser tratados em toda sua extensão a fim de restringir a movimentação e eliminar focos já existentes.
Este tratamento é realizado através da aplicação de produtos na forma de pó químico, polvilhados com bombas de alta pressão nos elementos descritos.